17 de janeiro de 2013

Lúcio Cardoso, o poeta está vivo



Lúcio Cardoso completaria 100 anos em 2012. Entre as publicações e os comentários de sempre na imprensa cultural, destaque para a "Crônica da Casa Assassinada", um dos grandes romances da literatura brasileira no século XX.

Em que pese a importância do romance, escrevi um ensaio para o jornal Rascunho que destaca exatamente outro aspecto de Lúcio Cardoso, a saber: o poeta, que poucos conhecem. E foi o pesquisador Ésio Macedo Ribeiro quem ressaltou essa faceta ao organizar o caudaloso livro de suas poesias completas.

Abaixo, um trecho do ensaio que escrevi sobre o poeta:

“Não se ama os poetas. O que se ama é a obra deixada para especulação literária”, escreveu Lúcio Cardoso em seus Diários. Quem resgatou essa anotação foi Ésio Macedo Ribeiro, organizador da edição crítica do volume Poesia completa. O livro de mais de mil páginas apresenta a dedicação abnegada de um pesquisador a propósito de uma produção tão extensa quanto rica em possibilidades de interpretação. E, de fato, em poucos escritores se verá o talento capaz de produzir imagens tão fortes e consistentes quanto em Lúcio Cardoso. É como se a poesia fosse a vocação primeira de um artista multifacetado, cuja verve é responsável por textos como o que segue: “A casa do solteiro é alta e de paredes de angústia, muros escorrem como verdes contornos e colunas de mármore frio guardam seus limites”.

A íntegra do ensaio está aqui