28 de fevereiro de 2012

Virginia Woolf em duas biografias

Nos estertores de 2011, escrevi um texto para o Rascunho sobre duas biografias de Virginia Woolf. De fato, e até pela repercussão da resenha, republicado em vários sites/blogs na internet, confirmo minha impressão de que a vida da escritora é, para os leitores contemporâneos, tão ou mais interessante do que sua obra.

Eis o trecho final da resenha:

Num momento em que as informações sobre as trajetórias das personagens históricas estão disponíveis para o leitor com alguns cliques de distância na internet, seja nas enciclopédias virtuais, seja nas páginas pessoais que lotam o tráfego na internet, os livros de Herbert Marder e Alexandra Lemasson, em que pesem suas diferentes abordagens, acabam por se complementar, posto que trazem fundamento para a pesquisa sobre a vida e obra de Virginia Woolf — muito embora apenas o livro de Marder responda de forma mais completa à necessidade de mais uma biografia: ou seja, a análise do autor possibilita ao leitor um mergulho mais profundo, e sem medo (!), na densa obra de Virginia Woolf.

Leia o texto completo aqui.

26 de fevereiro de 2012

Sobre educação

Há alguns anos, escrevi, para a Revista Ensino Superior, um artigo sobre educação em tempos de mídias sociais e internet. É claro que, hoje em dia, boa parte das referências ali listadas fazem pouco sentido, sem mencionar o fato de que Twitter e Facebook, agora vedetes, sequer foram citados.

De qualquer maneira, o texto ainda tem seu lugar de ser, sobretudo porque a questão de ordem, a leitura, permanece como pré-requisito para a atividade intelectual. E naquele artigo esse era o pano de fundo:

Imaginar que os educadores têm de pensar estratégias criativas e inovadoras para atender às demandas tecnológicas dos alunos não parece, assim, a opção mais indicada. Pois o papel do educador e das instituições de ensino não mudou, embora as tecnologias tenham avançado. Prova disso é o sucesso "inesperado" do Instituto Dom Barreto, de Teresina, no Piauí, que obteve a melhor média geral do Enem. O segredo do sucesso? Entre a biblioteca com mais de 90 mil exemplares e a carga horária de estudos de mais de sete horas diárias, cumpre destacar a exigência de que seus alunos leiam 20 livros por ano. Pergunte agora quantos a geração YouTube, com seus iPods e Ragnaroks, terá lido. Quem está em sala de aula sabe a resposta. 

Leia o artigo completo aqui

24 de fevereiro de 2012

Uma imagem às sextas - Separação
















Adaptando a ideia de um blog que mantive por algum tempo, sejam apresentados à seção "uma imagem às sextas". O princípio é o seguinte: acrescentar pinturas e fotografias que, de alguma forma, sejam pertinentes, tanto pela sua expressividade formal quanto por seu conteúdo (alguns diriam "mensagem"...). Enfim, é para desanuviar a sexta-feira.

Em lembrança ao Oscar que vem aí, segue a imagem de um filme perturbador. "A Separação"




23 de fevereiro de 2012

Bom dia para nascer

Abaixo, dois trechos de minhas últimas colaborações para o Rascunho. O primeiro é um fragmento da entrevista concedida por Humberto Werneck sobre a obra de Otto Lara Resende, que está sendo reeditada pela Cia das Letras.

"A crônica, como lembrou Antonio Candido, certamente não é um gênero “maior”. Essa constatação, porém, não deveria autorizar o desprezo com que muitos intelectuais, e não só acadêmicos, tratam o gênero. Para dizer como o sambista: pra que tanta panca, doutor? Seria ótimo se em vez disso eles nos dessem, em que gênero fosse, alguma coisa bela e perene como, por exemplo, tantas crônicas de Rubem Braga, um grande escritor que, se não me engano, atravessou toda uma vida sem receber um grande prêmio literário".
Leia a entrevista completa aqui

O outro texto é o ensaio que escrevi a partir dos dois livros lançados pela Companhia das Letras de Otto Lara Resende: "O Rio é tão longe", coletânea de cartas, e "Bom dia para nascer", coletânea de crônicas - by the way, roubei o título de Otto para esse post inaugural.

(...) De fato, temos no Brasil esse gênero sui generis que é a crônica. Talvez pela leveza de sua abordagem, existe uma espécie de consenso em torno da crítica especializada de que se trata de um gênero não somente menor, mas de pouca elaboração estilística. E é verdade que alguns casos podem comprovar esse cenário pouco sofisticado para as letras nacionais. No entanto, em Otto Lara Resende, temos a crônica no seu formato mais preciso, de um texto capaz de seduzir o leitor pela aparente frivolidade, mas que, olhando de perto, está mais relacionado a um tipo de conversa que não se tem mais. Mesmo agora, com o fenômeno das mídias sociais, existe a sensação de que se vive uma nova era da conversação (...)

Leia o ensaio completo aqui